segunda-feira, 12 de julho de 2010

"Mas lendo atingi o bom senso"

"Grande vazio me invade hoje.
O que estamos fazendo com nossas vidas?
Sabemos? É importante saber? Ou sentimos?
Importa sentir e não saber? Ou saber é a melhor forma de sentir como já disseram antes?
Não sei o que estou fazendo, tampouco sinto como antes.
Sim, acho que em algum momento passado cheguei a sentir forte algo que bastava por si. Hoje não alcanço aquilo.
Meus passos têm se demonstrado retardados em relação a tanta vontade que me orientava noutrora.
Mas o tempo é coisa inventada, isso eu sei. Será que estou tão forjado pelos outros que dei pra inventar minha prisão temporânea? O que vocês tem inventado?
Seus passos fazem sombra na trilha em que caminham?
O que pretendem com a faculdade, o trabalho, sua energia de vida?...” por R.H.

Querido,
Foram tantas questões levantadas por você
São tantas as que o mundo me obriga a fazer
Mais ainda as que me movem, as que fazem a sociedade caminhar.
Algumas vem com respostas prontas, que não descem por minha garganta, tão pouco pela sua, ou melhor, não descem na garganta de todos nós.

A humanidade nos obriga, ou tenta nos forçar a determinados padrões, mas quem é a humanidade se não nós mesmos?Então quem ou o que deve ser mudado?
Algo deve ser mudado?
Algo deve ser mudado!
Fora ou dentro?
De dentro pra fora?

Juntos
O que é ser junto?
Como é estar juntos?
Que ligação forte é essa?
De que dimensão isso vem?
Eu acho que estamos sim todos nessa, unidos, seja lá o que isso signifique.

Não sei se alguém tem as respostas, não sei o que mais falta, mas entendo o que está sobrando.

Admito, tem horas que me deixo levar pelo sistema.
Tem batalhas que acredito que não serão vencidas por nossa geração, mas isso não quer dizer que não devemos continuar lutando, afinal o que eu acredito nada mais é do que a minha crença, não é nenhuma verdade absoluta.
Afinal, existe alguma verdade absoluta?
Claro que não.
O que serve para você nem sempre vai servir pra mim.

37, 38, 39...
P, M, G...
44.158.197-X
O que somos afinal?
Pesos, medidas, números, peças, coisas a serem rotuladas, classificadas, o que somos afinal?

Pensamos demais?
Agimos “de menos”?
Sentimos errado?

O meu caminho está certo.
Dentro do incerto, do imprevisível, do incontrolável.
De olhos fechados e peito aberto eu sinto, eu sei que está.

Ainda não sei aonde devo levar meu artesanato pra vender amanhã, mas amanhã é só amanhã...
Não me importa se as coisas não vão sair como o planejado (não existe mais o “planejado”), elas só não devem sair do rumo, perder o foco.

Escuta seu coração!
Será que ele se calou?
Não!
Eu acho que ele esta apenas sussurrando.

terça-feira, 6 de julho de 2010

A Copa da Disney segundo Freud


Sem a menor sombra de dúvidas esta Copa era um verdadeiro conto, o problema é que nesta fábula de nada adiantou rezar pelo toque milagroso da varinha de condão de todas as fadas - incluindo a dos dentes, já que em muitas culturas estes ossinhos trazem sorte - o final não foi o tão sonhado Hexa.

Mas a psicologia explica perfeitamente o que aconteceu: devido o stress, nosso técnico sofria de múltiplas personalidades.
Sim, porque nos últimos meses, Dunga foi praticamente todos os anões da famosa história infantil.
O distúrbio teve início na fase da convocação, Dunga era o Mestre!
Achava-se o todo poderoso movido pela razão, não dava ouvidos a ninguém.
Depois de tanto bulling que sofreu da imprensa (ó coitadinho) desenvolveu uma alergia psicossomática e numa mistura de Dengoso e Atchim ficou Zangado e proibiu que filmassem os treinos e suas táticas ultra-secretas.
Acho que ele esqueceu que nossa melhor arma sempre foi a alegria e não aquele futebol previsível e sem saída.
Ele olha pro banco de reservas e qual a surpresa?
Não tem surpresa! Temos de prato principal o mesmo que foi servido na entrada.
No final tudo o que Dunga queria era ser Feliz e tirar aquela Soneca tranqüila que ele mesmo sabotou com esta “revolucionária” convocação.
Para o telespectador, pro cidadão que ficou compensando horas de trabalho pra poder folgar nos dias dos jogos e beber aquela cervejinha gelada, soprando alucinadamente suas cornetas e vuvuzelas, nem tudo está perdido.
Poupe suas energias que este título será conquistado dentro de casa.
Afinal, somos brasileiros e não desistimos NUNCA!